Os estudos osteodensitométricos pretendem avaliar
o valor da massa óssea (em gr/cm2 ), nas zonas onde
tradicionalmente a perda de osso é maior a partir de determinada
idade, isto é na coluna lombar e no colo do fémur.
Esta perda de massa óssea verifica-se normalmente na sequência
das alterações hormonais resultantes de período
peri-menopausico; são também muitas vezes consequência
da ingestão de alguns medicamentos nomeadamente corticoides
e hormonas da tiroide, sendo considerados grupos de risco
as mulheres de baixa estatura, de baixo peso, fumadoras, com vida
sedentária, que tenham sido operadas ao útero e ovários
ou outras em que a osteoporose é de tipo familiar.
O exame é efectuado numa mesa semelhante à do raio
x convencional, sendo o varrimento quer da coluna quer do colo do
fémur efectuado, em determinadas posições,
por um feixe muito colimado de radiação x.
Este varrimento e a sua imagem são tratados por computador
e é efectuado ao mesmo tempo comparação passo
a passo com escala computorizada dos valores esperados para a idade,
raça, peso, altura e sexo da paciente.
O registo da imagem é efectuado em folhas A4, saindo impresso
quer fotograma da mesma (sem intuitos diagnósticos) quer
os valores de referência e os esperados para a idade raça
e sexo da paciente; obtém-se assim o valor da massa óssea
actual da paciente, assim como dos valores de massa óssea
que terá perdido em relação ao máximo
que terá algumas vez alcançado; estes valores serão
fornecidos pelo relatório eleborado pelo radiologista, assim
como o estado da paciente em relação a eventual osteopenia
ou osteoporose. Será ainda indicado o risco eventual de fractura,
sendo estes os parâmetros que determinarão a terapêutica.
A osteoporose é uma doença considerada como de saúde
pública e facilmente evitável se a mulher fizer um
primeiro exame de referência por volta do quarenta anos ou
antes, caso esteja incluída nos grupos de risco acima descritos.
O exame é efectuado sem qualquer incómodo para a paciente,
é de execução rápida e fácil.
Os riscos de radiação são perfeitamente desprezíveis
neste caso.
A avaliação da massa óssea é fundamental
para prevenir a osteoporose.
Avaliando o "capital" ósseo de determinada paciente
pode ser prevista a necessidade ou não de terapêutica
orientada pelo médico.
Esta, quanto mais não seja, impede a progressão da
doença, melhorando consideravelmente, nalguns casos a qualidade
do osso da paciente e permitindo-lhe por isso ter uma boa qualidade
de vida mesmo com o avançar dos anos.
Pretende-se assim reduzir consideravelmente o número de
fracturas dos corpos vertebrais lombares assim como do colo do fémur
ou outras associadas à osteoporose e tão frequentes
nas pessoas de mais idade, sobretudo nos que às mulheres
diz respeito.
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